Quando sua família não te apoia, faça isso antes de se frustrar
E se você não precisasse da aprovação deles para ter sucesso?
Eu costumava ser a típica pessoa "agradadora": a amiga que está sempre sorrindo, a filha que não deu trabalho, a mulher que se amolda para poder encaixar e receber aprovação. Era muito mais fácil trabalhar como CLT! As regras já estavam pré-definidas e um padrão já tinha se estabelecido, eu só precisava fazer o meu melhor ao seguir a liderança de alguém e, mesmo entregando o mínimo da minha capacidade produtiva, no fim do mês eu seria recompensada.
Até que um dia, eu percebi que não estava feliz.
Eu lembro exatamente desse dia. Era mais uma segunda-feira, e eu me peguei olhando para o relógio, contando as horas para algo que nem sabia o que era. A sensação era de estar presa num ciclo sem sentido. Eu fazia tudo certo, tudo dentro do esperado. Mas, dentro de mim, nada fazia sentido.
O pior? Eu não tive coragem de dar o primeiro passo.
Mas aceitei o convite do meu esposo em 2014. No fundo, eu sabia que precisava mudar, mas o medo ainda falava alto. Começamos pequenos: primeiro, gerenciei publicidade paga para três empresários. Depois, criamos nossa própria linha de produtos naturais e chás e passamos cinco anos servindo o público corporativo, participando de feiras e eventos in-company nas principais instituições públicas e privadas de São Paulo.
Agora eu tinha retorno financeiro. Agora eu tinha controle sobre o meu tempo.
Mas ainda assim… eu não estava feliz.
Algo na minha rotina continuava errado. Eu tentava me convencer de que era apenas uma questão de adaptação. Mas, no fundo, a verdade era uma só: eu ainda estava tentando provar para os outros que continuava sendo a mesma de sempre.
Empreender me deu acesso a uma vida nova, com novas responsabilidades e possibilidades, mas eu tentava equilibrar tudo isso com as obrigações da "vida velha". Eu ainda queria ser o suporte. Ainda queria resolver tudo para todo mundo. Ainda queria interceder.
E as pessoas ao meu redor perceberam a mudança – e não gostaram.
Eles não entendiam. Não era um "Que incrível, vai fundo!" – era um "Mas isso dá dinheiro mesmo?" acompanhado de olhares preocupados. Era como se o que eu estivesse construindo não tivesse valor. E aquilo doía.
Então, eu tentava me desdobrar para mostrar que nada havia mudado. Para provar que ainda estava lá. Para continuar sendo aceita.
E assim eu repetia, dia após dia, uma rotina errada que me mantinha presa na “correria”.
Mas correria para onde?
Para longe de mim mesma.
Eu estava sempre ocupada, mas nunca satisfeita.
Quanto mais eu tentava equilibrar tudo, mais me sentia sobrecarregada.
Quanto mais tentava provar que nada havia mudado, mais eu me afastava de quem eu realmente era.
Era um ciclo sufocante:
➡ Dizendo "sim" para tudo para não decepcionar.
➡ Ignorando os sinais do meu corpo porque "eu dava conta".
➡ Me cobrando por não estar feliz, mesmo tendo conquistado a liberdade que tanto queria.
Resultado? Frustração. Desânimo. Um peso constante no peito.
Eu não estava só presa na correria. Eu estava presa na obrigação de ser quem eu já não era mais.
Mulher livre, se você já ouviu um "mas isso dá dinheiro mesmo?" da sua família, essa mensagem é para você.
A verdade é que, quando você começa algo novo, nem sempre as pessoas ao seu redor vão entender.
Mas isso não significa que você precisa parar.
O que você precisa não é de aprovação externa – é de segurança interna.
Porque quando você aprende a confiar em si mesma, a opinião dos outros perde a força.
É isso que eu ensino no programa terapêutico individual FLUA e na Comunidade FOCO: como criar uma blindagem emocional para seguir firme no seu caminho sem se desgastar emocionalmente.
Se quiser um primeiro passo, me responde com "quero força" e eu te envio um exercício prático para fortalecer sua confiança.